sábado, 20 de abril de 2013

'Petróleo não é para qualquer um', afirma Graça Foster, sem citar Eike Batista



Presidente da Petrobras faz declaração em meio a questionamentos sobre solidez da OGX

Agência Estado 

Agência Petrobras
Graça também elogiou área de trading da Petrobras
Em meio às incertezas sobre a viabilidade econômica da OGX, petroleira de Eike Batista, a presidente da Petrobras, Graça Foster, exaltou hoje (20), o período de aprendizado de quase 60 anos da Petrobras, e afirmou, em palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo (SP), que a "companhia de petróleo não é para qualquer um".
 "Não é para qualquer executivo falar que vai fazer uma companhia de petróleo, chegar lá e fazer. Não é para dois, três anos", disse Graça, sem citar executivo.

"Uma das partes mais nobre da empresa é saber comprar e vender, estar relacionado no mercado", afirmou a executiva, que também é diretora da área internacional da estatal.Na semana na qual se soube que o déficit comercial da Petrobras mais que quadruplicou no primeiro trimestre de 2013, ante igual período de 2012, de US$ 1,679 bilhão para US$ 7,396 bilhões, a presidente da Petrobras citou a área de trading da companhia, e afirmou que "os contratos de exportação e de compra são grandes oportunidades".
Graça lembrou que a maior parte do crescimento da produção diária, de dois milhões para quatro milhões de barris de petróleo por dia, entre 2010 e 2013, virá do pré-sal e elogiou a taxa de sucesso nas descobertas na camada profunda.
"A taxa de sucesso da Petrobras no pré-sal é e 84%. Se juntarmos com as outras áreas (no mar e na terra) é de 64%. No mundo, uma excelente taxa é de 30%", disse. "Portanto, estamos apenas começando".
Para uma plateia formada por estudantes, Graça Foster considerou o petróleo como uma atividade de alto risco e citou questões fiscais nos Estados Unidos, tensões em países do Oriente Médio, como exemplos. "Uma leve desaceleração na China por exemplo, mexe em preço. A Venezuela tem a maior reserva e, parada, mexe em preço", afirmou.
Ela voltou a falar que a política de preços da estatal é de médio e longo prazo, que a prioridade da Petrobras é produzir, depois vem o refino. "Nós temos muita liquidez quando vamos ao mercado de capital. Isso mostra a fortaleza e a solidez de empresa", disse.

    Hyundai propõe transporte individual em carro com formato de ovo



    Excêntrico Protótipo E4U tem motorização elétrica para curtos deslocamentos

    Thiago Vinholes | 
    Foto: HyundaiVeja mais fotos
    Hyundai E4U Concept
    Quem não tiver vergonha de chamar atenção nas ruas vai se dar bem no futuro com o carro futurista da Hyundai. A montadora mostrou nesta sexta-feira (5) no Salão de Seul, na Coreia do Sul, o protótipo E4U, um veículo supercompacto desenvolvido para o transporte individual. Não só pela funcionalidade, o projeto se destaca pelo desenho totalmente fora do comum.
    O E4U tem o formato de ovo e sua altura não passa de 1,50 metro. Além disso, toda “carroceria” do conceito é de plástico transparente, o que o torna muito leve. Segundo a marca, o veículo pesa apenas 80 kg.
    Parecido com um Segway, o E4U tem motor elétrico de 500 watt, cerca de 0,6 cv, e atinge até 30 km/h de velocidade máxima, o que segundo a marca é o suficiente para curtos deslocamentos em vias urbanas – a autonomia do veículo não foi divulgada. O projeto coreano, todavia, possui um pequeno banco para o motorista, enquanto no veículo na marca americana o condutor viaja de pé.
    Hyundai
    O projeto da Hyundai foi proposto para centros urbanos
    2 / 5
    O mecanismo funciona com uma roda propulsora, fixada embaixo da carroceria, enquanto duas pequenas rodas na traseira mudam a trajetória do veículo. Os comandos de aceleração e direção do protótipo são acionados apenas com os pés e o motorista ainda pode viajar com a cabeça protegida por um “capacete-parabrisa”, que posteriormente pode ser guardado no topo do E4U, selando a “casca” do ovo.
    De acordo com a fabricante, o nome do projeto é inspirado em quatro palavras que começam com a letra E: evolução, eletricidade, “eco-friendly” (sustentável) e, claro, “egg” (ovo, em inglês). A Hyundai, no entanto, ainda não divulgou se vai produzir o E4U em série.

    MANTEGA DEFENDE POLÍTICA MONETÁRIA DO BC


    :

    Manifestações contra a PEC 37 no interior



    Neste momento em Londrina, muito movimentação contra a PEC 37. Hoje, o Ministério Público está promovendo, desde às 10 horas, uma passeata com início no calçadão central da cidade e segue até a praça Primeiro de Maio (Concha Acústica), onde estará sendo realizado ato público contra a Proposta. A intenção é coletar assinaturas e mobilizar a sociedade para conscientizar a população sobre os riscos de aprovação da PEC. Autoridades e entidades da sociedade civil organizada confirmaram participação.

    Teatro Guaíra promove Concurso de Composição Música Hoje



    O Centro Cultural Teatro Guaíra e a Universidade Federal do Paraná lançam o segundo Concurso Nacional de Composição Música Hoje, com o objetivo de fomentar a produção de música sinfônica brasileira. A primeira edição ocorreu no ano passado com o objetivo despertar e criar oportunidade para o surgimento de novos compositores.

    As obras finalistas serão apresentadas ao público, no dia 25 de agosto, em concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná e a peça vencedora entrará no repertório de 2014.

    Podem participar compositores brasileiros, natos ou radicados, residentes no Brasil ou no exterior, sem limitação de idade. As obras inscritas não precisam ser inéditas, porém não podem ter sido publicadas, premiadas, ou gravadas profissionalmente até a data de finalização do concurso.

    Veja o regulamento completo no site do Teatro Guaíra (www.teatroguaira.pr.gov.br). 

    Mutirão para vacinação contra a gripe será neste sábado em todo o Estado



    Unidades de saúde de todo o Paraná estarão abertas neste sábado (20) para o dia D de Vacinação contra a Gripe, o mutirão nacional para imunizar os grupos mais sensíveis ou expostos à doença. Em alguns municípios, a vacina também estará disponível em postos volantes montados em parques, shoppings e supermercados. O horário de funcionamento das unidades varia em cada cidade, mas a maioria estará aberta das 8h às 17h.

    O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, acompanhará a atividade em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O objetivo é alcançar as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, mas não puderam comparecer a um posto de vacinação durante a semana. “Até agora estamos com uma das melhores coberturas vacinais do país, contudo há muitas pessoas que ainda não se vacinaram e devem procurar um posto de vacinação o mais rápido possível”, explicou o secretário.

    Até a manhã de sexta-feira (19), 455 mil pessoas foram vacinadas no Paraná. De acordo com o programa nacional de imunização, o Estado atingiu 23% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. A campanha segue até a sexta-feira (26) da semana que vem. A vacinação, dentro da campanha, é gratuita.

    Caputo Neto convocou os pais das crianças com idade entre seis meses e inferior a dois anos, a levar seus filhos até uma unidade de saúde neste sábado. “Muitos postos terão atividades recreativas específicas para as crianças, inclusive com a presença do Zé Gotinha”, informou.

    Para as crianças, a vacina só concede imunidade se for aplicada em duas doses, com 30 dias de intervalo. Por isso, é importante que os pais levem a carteirinha de vacinação de seu filho e estejam atentos ao prazo da segunda dose.

    IDOSOS - No Estado, 25% dos idosos já foram imunizados, o que representa 290 mil pessoas. Este é o maior grupo da campanha e para melhorar a cobertura vacinal, alguns municípios paranaenses irão a asilos e casas de repouso para oferecer a vacinação. Orfanatos e outras instituições com crianças de até dois anos também serão alvo de ações específicas.

    BOX –Veja quais são os grupos prioritários e que documentos levar no sábado:

    Crianças (seis meses a um ano, 11 meses e 29 dias): registro de nascimento ou carteira de identidade.

    Idosos (maiores de 60 anos): carteira de identidade.

    Grávidas: carteirinha da gestante.

    Mulheres até 45 dias após o parto: carteirinha da gestante e documento do bebê.

    Portadores de doenças crônicas: receita de medicamento de uso contínuo ou atestado médico informando ser portador de doença crônica ou prescrição da vacina.

    Profissionais de saúde: serão vacinados nos hospitais ou nas unidades onde atuam, ou nos postos de vacinação, mediante apresentação de declaração do médico responsável pelo serviço onde o profissional trabalha.

    Indígenas: serão vacinados em casa pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde.

    Presos: serão vacinadas pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde nas delegacias e presídios.

    Nova escola é centro de preservação cultural da aldeia guarani Tekoa Ocoy



    A aldeia indígena Tekoa Ocoy, no município de São Miguel do Iguaçu, a cerca de 50 quilômetros de Foz do Iguaçu, região Oeste do Estado, comemorou na sexta-feira (19) a inauguração do Colégio Estadual Indígena Teko Nemoingo. A entrega da nova unidade foi marcada por apresentações e exposições culturais e contou com a presença do vice-governador e secretário de Educação, Flávio Arns.

    “A secretaria tem investido em escolas, equipamentos e na formação dos professores das comunidades indígenas para reforçar que essa é uma riqueza de diversidade e cultura do nosso Estado, que pode nos ensinar muito e que nos fortalece por promover a cidadania”, diz Arns.

    A escola atende cerca de 320 alunos, metade da população que vive na aldeia. Além do ensino fundamental e médio, oferece ainda educação para jovens e adultos. As aulas são ministradas por 31 professores, sendo sete indígenas e três com formação específica. A unidade também oferece curso de inglês por meio do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem).

    “A escola é uma grande referência na comunidade. É aqui que os professores, alunos e a população conseguem disseminar e preservar a sua cultura”, conta a diretora da Cleonice Feyh.

    As tradições da comunidade Guarani fazem parte do currículo escolar. A escola é bilíngue, com a valorização da língua Guarani e dos conhecimentos dos povos indígenas. Neste mês a unidade a 12ª Semana Cultural Guarani e expõem a cultura indígena para toda comunidade local.

    O Governo do Estado investiu R$ 1 milhão na nova unidade. Além da ampliação das escolas indígenas no Paraná, foram construídas 11 novas escolas em menos de três anos. A secretaria também investe na capacitação dos professores indígenas e no fornecimento de merenda.

    Os alunos da escola indígena foram destaque na fase municipal dos Jogos Escolares do Paraná (Jeps), no atletismo. “É uma escola muito boa e com atividades diferenciadas. Tenho muito incentivo aqui”, fala o aluno do 9º ano, Cristian Martins.

    Paraná inclui representante indígena no Conselho Estadual do Meio Ambiente



    O Conselho Estadual do Meio Ambiente contará com um representante das comunidades indígenas do Paraná, pela primeira vez desde a sua criação, em 1984. O documento que regulamenta a participação dos indígenas foi assinado nesta sexta-feira (19) - Dia do Índio - pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, e por representantes das comunidades indígenas e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

    Hoje, 15 mil índios das etnias caingangue, guarani e xetá vivem no Paraná, em 56 terras indígenas, localizados em 30 municípios. “O Paraná é o primeiro Estado a tomar esta iniciativa que resgata a representatividade indígena e dá mais legitimidade ao Conselho Estadual do Meio Ambiente”, declarou o secretário Cheida.

    Para o indigenista da Funai, Edívio Battistelli, a inclusão oficial dos indígenas no Conselho representa um marco na história paranaense. “Buscamos a sensibilidade do Governo, por meio a Secretaria do Meio Ambiente, para que os índios possam participar dos mecanismos de proteção que o Estado cria. Pela primeira vez, os índios serão os porta-vozes da etnosustentabilidade das suas comunidades”, afirmou Battistelli.

    PREFEITURA - Ele lembrou que o governador Beto Richa criou, em 2008 –como prefeito de Curitiba - a primeira aldeia urbana indígena do Sul do Brasil. A aldeia Kakané Porã, que significa “fruto bom da terra”, abriga 240 índios de diferentes etnias.

    Mercadante tem quadro de inflamação e é internado em Brasília




     O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, está internado  no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. De acordo com o boletim médico, divulgado na página do Ministério da Educação (MEC), o ministro foi internado apresentando quadro de dor moderada na região esquerda do abdômen.
    O boletim assinado pelo médico Túlio Fonseca Chebli, diretor do HFA, informa que foi diagnosticado “um processo inflamatório discreto, compatível com apendagite epiplóica [inflamação de tecido que reveste o intestino], cujo tratamento é clínico, consistindo de dieta alimentar, antibiocoticoterapia e repouso". Além disso, o estado geral do ministro “é muito bom, e sua evolução clínica, de ontem para hoje, foi excelente, com expressiva redução da dor e melhora dos parâmetros laboratoriais.”

    Ministério da Defesa e ufólogos abrem canal para troca de informações sobre óvnis



    Pedro Peduzzi
    Repórter da Agência Brasil
    Brasília – Motivado pelo grande número de pedidos sobre arquivos envolvendo óvnis –objetos voadores não identificados - apresentados com base na Lei de Acesso à Informação, o Ministério da Defesa abriu ontem (18) o primeiro canal de comunicação com estudiosos sobre o assunto, chamados ufólogos, em reunião ocorrida na capital federal.
    “Foi uma reunião super-histórica e inédita, não só no Brasil como em todo o mundo. Nunca um Ministério da Defesa recebeu ufólogos para debater o tema”, disse à Agência Brasil o editor da revistaUFO, Ademar José Gevaerd.
    Segundo o coronel da Aeronáutica Alexandre Emílio Spengler, responsável pelo Serviço de Informações ao Cidadão do Ministério da Defesa, o tema é, disparado, o mais buscado entre os cidadãos que fazem uso da Lei de Acesso à Informação para pedidos dirigidos à área militar, o que acabou dando mais relevância à abertura de diálogo entre governo e estudiosos.
    “Até o momento foram 107 pedidos. Só para a Força Aérea foram feitas 65 solicitações. Em segundo lugar, com apenas 27 pedidos, estão as informações sobre remuneração de militares”, informou àAgência Brasil o coronel.
    Os ufólogos ficaram otimistas com a recepção. “As autoridades deixaram claro que o ministro [da Defesa] Celso Amorim respeita a ufologia e o trabalho dos ufólogos, e que vão levar adiante a ideia de estabelecer, com a Comissão Brasileira de Ufólogos, um canal de comunicação para alcançarmos, sem obstáculos ou desvios, as três Forças Armadas, sempre que precisarmos de informações sobre o assunto”, disse Gevaerd.
    Os entendimentos iniciados com o governo brasileiro serão divulgados mundialmente pelos estudiosos brasileiros. “Isso será informado a ufólogos de todo o mundo na semana que vem, quando participaremos do Congresso Mundial de Ufologia em Washington. Sem dúvidas, todos os holofotes estarão sobre o Brasil”, acrescentou.
    De acordo com o Ministério da Defesa, dos 107 pedidos de informação relacionados a óvnis, 26 foram deferidos e resultaram na entrega de algum tipo de documento ao solicitante. Os demais foram negados.
    “Todos os [pedidos] negados, até o momento, foram por não termos a informação ou por ela ainda estar sob sigilo”, explicou Spengler. Segundo ele, há a possibilidade de o sigilo estar justificado pelo fato de envolver “assuntos relacionados à segurança nacional”. Alguns deles, classificados como secretos ou ultrassecretos.
    O Comando da Aeronáutica já entregou os documentos não classificados relativos a óvnis ao Arquivo Nacional, por determinação de uma portaria. Há, segundo a Defesa, alguns documentos do Exército que não foram entregues porque foram extraviados.
    “O Exército já admitiu que parte dos documentos pode ter sido destruída, o que de fato era permitido por um decreto de 1977 [Decreto 79.099], que permitia a destruição de documentos sigilosos, bem como de eventuais termos pedindo a destruição”, informou Spengler. Segundo ele, não há estimativas sobre o número de documentos destruídos sob respaldo do decreto.
    Entre os documentos mais solicitados pelos ufólogos, mas ainda sem resposta, está o da Operação Prato, ocorrida no município de Colares (PA), na década de 70, em que militares da Aeronáutica fizeram uma operação tendo por base relatos de cidadão da região sobre avistamentos de objetos luminosos. Segundo os ufólogos, durante o episódio, médicos atenderam diversas vítimas de queimaduras causadas pelos óvnis.
    A expectativa é que, a partir do próximo 1º de junho e no máximo até a mesma data do ano que vem, após seguir os trâmites legais, as autoridades comecem a divulgar informações sobre casos como este.
    Em nota divulgada pelo Ministério da Defesa, o secretário de Coordenação e Organização Institucional do Ministério, Ari Matos, disse que as informações que ainda não se tornaram públicas são exceções, e que a regra geral é "disponibilizar todos os documentos". Segundo ele, alguns casos ainda têm que obedecer ao prazo legal, "mas isso é uma questão que em breve será solucionada".

    INSPIRADO EM LULA, MÉXICO LANÇA SEU FOME ZERO


    Escritor defende literatura indígena para embasar estudo de culturas tradicionais




    Daniel Mello
    Repórter da Agência Brasil
    São Paulo – Quando era professor, Olivio Jekupe precisava provar para os alunos que tinha conhecimento da disciplina para que os estudantes passassem a respeitá-lo. “Quando eles duvidavam, eu começava a falar difícil e eles não entendiam nada”, relembra sobre a época em que precisou lecionar para se sustentar como estudante de filosofia. Hoje, é Olivio que se preocupa com a preparação dos professores. Na semana em que lança o seu 12º livro de literatura, o índio guarani defende a difusão das obras escritas por indígenas como forma de embasar o estudo da história e da cultura desses povos nas escolas.
    “Os professores vão ter que falar sobre nós. O que eles vão falar? Se não têm assunto, eles vão falar um monte de besteiras sobre a gente. Então, por isso, que é importante o surgimento dos escritores indígenas”, diz Olivio a respeito do cumprimento da Lei 11.645 de 2008, que determina a inclusão das culturas negra e indígena no ensino médio e fundamental.
    Nascido em 1965, em Nova Itacolomy, interior do Paraná, Olivio começou a estudar filosofia em 1988, na Pontifícia Universidade Católica de Curitiba. Morava de favor com uma família da etnia Kaingang e vendia artesanato para se sustentar. Encorajado pelos amigos, começou a dar aulas para o ensino fundamental. Com dificuldades financeiras, veio para a capital paulista, para estudar gratuitamente na Universidade de São Paulo (USP). Apesar de ter investido mais quatro anos na filosofia, não conseguiu concluir o curso. “Vim para a USP porque era de graça, mas piorou, ficou mais caro, porque na USP o curso de filosofia é muito pesado. Na USP você tem que ler muito e gasta em tudo”, lamenta.
    Olivio permaneceu na cidade e se consolidou como escritor. Atualmente, não só escreve, como incentiva outros índios nos rumos da literatura. Assim, ele acredita que vai conseguir derrubar as mentiras que foram ditas contra os povos da terra ao longo dos últimos séculos. Inverdades concretas nos monumentos que adornam a cidade de São Paulo “É um absurdo. Você passa em Santo Amaro e vê o [bandeirante] Borba Gato. Depois tem o [bandeirante] Anhanguera. A história mostra que eles eram grande heróis porque matavam índios” reclama. “É por isso que a literatura [feita pelo] índio aos poucos vai chegando e os escritores indígenas vão começar a desmascarar essa coisa”.
    Morador da aldeia guarani Krukutu, em Parelheiros, extremo sul da capital paulista, Olivio conta que ao montar a sua última coletânea,  As Qeixadas e Outros Contos Guarani, incluiu entre os escritores até mesmo a própria mulher, que é analfabeta. Segundo ele, uma forma de adaptar os contadores de história guarani aos novos tempos. “Havia os índios com o dom de guardar as histórias na cabeça, não é todo mundo que tem esse dom”.
    Para ele, a incorporação dos saberes e das tecnologias dos brancos é uma maneira de defender a cultura dos povos tradicionais. “Quando não tinha nada disso, eles falavam que o índio é atrasado. Quando a gente começa a pegar tudo isso, eles falam que o índio é aculturado, que está perdendo a cultura. Não, não está perdendo. Essas coisas que a gente usa hoje são uma forma de defesa”, disse na entrevista àAgência Brasil, que foi marcada pelo Facebook.
    Segundo o escritor, as bases da cultura indígena são a língua e a religião. Se isso for mantido, todo o resto pode ser usado para fortalecer a comunidade. Ele compara o uso das tecnologias pelos índios à maneira como os brancos se apropriaram dos saberes tradicionais dos índios, como a farinha de mandioca, a pamonha e o hábito de dormir em redes. “A tecnologia que os brancos inventaram a gente tem que usar para o bem. Assim como os brancos pegaram muita coisa dos índios e não fez mal”, enfatiza. “Temos computador, tem gente com celular, tem gente com Facebook, com e-mail. Hoje, a gente usa tudo isso, às vezes melhor do que os brancos”.
    Olivio explica que, além da literatura indígena, a aldeia tem outras ações para difundir a cultura guarani. “A gente tem um coral. A escola que quiser é só entrar em contato com a gente, que nós vamos até a escola, damos uma palestra e fazemos uma apresentação do coral para as pessoas entenderem como é a música guarani”, ressalta, sobre o trabalho que é gerido pela associação da comunidade.
    A organização jurídica formal foi a maneira encontrada pelos moradores da Krukutu de fortalecer a liderança tradicional do cacique e também garantir autonomia da aldeia, poder tratar dos próprios negócios sem intermediação da Fundação Nacional do Índio (Funai).
    TV Brasil veicula nesta semana uma série de reportagens em comemoração ao Dia do Índio, 19 de abril.

    Ministro da Justiça nega que governo use força policial contra comunidades indígenas



    Alex Rodrigues
    Repórter Agência Brasil
    Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou enfaticamente que o governo federal tenha infringido qualquer direito indígena ou que atue com parcialidade em relação aos conflitos entre índios e produtores rurais ou grandes empreendimentos. As críticas vêm sendo feitas por lideranças indígenas mundurukus e organizações indigenistas como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pela presença de policiais da Força Nacional com técnicos responsáveis por conduzir as pesquisas de viabilidade do Complexo Hidrelétrico Tapajós.
    “Não posso aceitar, em momento algum, opiniões de que o governo [federal] tenha tido qualquer descompromisso com os direitos dos povos indígenas consagrados na Constituição. Não posso aceitar de forma nenhuma acusações de que exista uma situação de parcialidade na condução desse processo [de busca de soluções para os conflitos indígenas]”, disse o ministro hoje (19).
    Para o ministro, a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) de determinar a suspensão temporária dos estudos de identificação do potencial hídrico do Rio Tapajós para a eventual construção de usinas hidrelétricas, bem como de todas as demais ações relacionadas ao empreendimento, é resultado de uma “confusão” que ele está certo de que será esclarecida nas instâncias superiores da Justiça.
    A suspensão foi determinada nessa terça-feira (16), pelo desembargador João Batista Moreira, do TRF1, que acatou pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA). Além de apontar a necessidade de que os povos indígenas fossem consultados antes de qualquer estudo relacionado ao empreendimento, os procuradores da República apontavam o risco de um confronto entre policiais designados para garantir a segurança dos técnicos e cientistas responsáveis pelo estudo e manifestantes contrários à construção do Complexo Hidrelétrico Tapajós, sobretudo os índios da etnia Munduruku.
    Em fevereiro, líderes da etnia visitaram a Agência Brasil e disseram que não aceitam o empreendimento e que iriam se unir a outros segmentos, como populações ribeirinhas e organizações não governamentais (ONGs), para inviabilizar as obras.
    Para o ministro, as críticas são fruto “da má compreensão do que efetivamente está acontecendo”. Segundo Cardozo, a presença dos militares quer exclusivamente garantir os estudos e não afeta as áreas indígenas. “Há inclusive uma decisão judicial de que esses estudos têm que ser feitos para analisar a viabilidade da obra, com respeito ao meio ambiente e a tudo mais. A presença da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal é apenas para garantir os estudos e a tranquilidade do local. Não se trata de atingir direitos de povos indígenas em hipótese nenhuma”.
    Cardozo destacou o empenho do governo federal em reconhecer e garantir o cumprimento dos direitos indígenas estabelecidos na Constituição Federal e garantiu que caso algum policial federal ou da Força Nacional cometa qualquer ato de abuso de poder será julgado e responsabilizado. “Tenham certeza de que, havendo provas, o ministro da Justiça será implacável na aplicação de punições. Implacável. Por outro lado, é também sabido que, por vezes, organizações criminosas querem se valer da boa-fé dos povos indígenas para desmatar, fazer garimpo ilegal. Isso nós também não iremos aceitar. Os povos indígenas têm que ser tratados com dignidade e não serem utilizados por organizações criminosas”.
    Cardozo citou o processo de retirada dos não índios da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso. O processo foi concluído em janeiro deste ano. “Fomos ao limite da possibilidade de negociação para que pudéssemos entregá-la ao povo indígena. Tivemos que usar a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e o apoio das Forças Armadas para que pudéssemos vencer as resistências e para que a área pudesse ser entregue aos povos indígenas. Cumprimos nosso dever”.

    AÉCIO TENTA ESTANCAR CRISE INTERNA NO PSDB


    As manchetes dos principais jornais deste sábado



    Gazeta do povo: Dirceu organizou e controlou o mensalão, confirma Supremo
    Folha de Londrina: Baixo preço do etanol ‘quebra’ usinas
    O Diário: Número de imigrantes na região cresce 59% em 1 ano
    Diario dos Campos: Justiça suspende anulação de contrato com a VCG
    Jornal da Manhã: Justiça anula ato de Marcelo Rangel contra a Viação Campos Gerais
    Tribuna do Interior: Dia “D” da vacina contra gripe mobiliza Saúde
    O Paraná: Negligência afeta repasse de recursos a municípios
    Jornal Hoje: Recém-abortado, feto é jogado para os cães
    Gazeta do Iguaçu: Justiça intima ICMBio
    Diário do Noroeste: Municípios irão bancar os projetos estruturais do Hospital Regional
    Umuarama Ilustrado: Asfalto da boiadeira chega a PR-323 em Cruzeiro do Oeste
    Tribuna do Norte: Justiça manda liberar 18 presos pelo Gaeco
    Jornais de outros estados
    Globo: Com Boston sitiada, FBI mata um suspeito e prende o irmão
    Folha: Suspeito é morto, e polícia prende irmão após caçada
    Estadão: Polícia prende suspeito de atentado em Boston
    Correio: Caçada implacável
    Estado de Minas: Copa vai encurtar férias de janeiro
    Zero hora: Um suspeito morto e outro preso nos EUA

    sexta-feira, 19 de abril de 2013

    Polícia americana prende segundo suspeito de atentados



    Ele seria Dzhokhar Tsarnaev, que sobreviveu a um cerco durante a madrugada que matou seu irmão Tamerlan

    Policiais de Boston cercam a casa emque está o suspeito do atentado na maratona: irmão dele foi morto a tiros (foto: Reprodução)

    A polícia de Boston (Estados Unidos) informou na noite desta sexta-feira (19) que prendeu o segundo suspeito de cometer os atentados na Maratona de Boston, na última segunda-feira (15). Ele seria Dzhokhar Tsarnaev, que sobreviveu a um cerco durante a madrugada que matou seu irmão Tamerlan. A captura ocorreu às 21h40 (hora de Brasília).
    A casa onde o suspeito estava localizada na rua Franklin, em uma vizinhança de Watertown, arredores de Boston. O local foi cercado durante horas pela polícia. Segundo informações preliminares, Tsarnaev foi encontrado dentro de um barco. Informações de que ele usava uma roupa com explosivos ou de que estava ferido não foram confirmadas.
    Mais de 9 mil homens participam da operação. Pouco antes da captura, a polícia informou que não tinha conseguido prender Dzhokhar e levantou o toque de recolher para moradores de Boston. As autoridades de Massachusetts anunciaram às 19 horas (horário de Brasília) que o toque de recolher está suspenso. O governador do Estado, Deval Patrick, disse que as pessoas podem sair de suas casas, "mas devem continuar vigilantes."
    O atentado do qual Tsarnaev é suspeito deixou três mortos e 176 feridos na Maratona de Boston, na segunda-feira (15)
    .

    Hoje é dia de Índio: Documento que registra extermínio de índios é resgatado após décadas desaparecido


    Depois de 45 anos desaparecido, um dos documentos mais importantes produzidos pelo Estado brasileiro no último século, o chamado Relatório Figueiredo, que apurou matanças de tribos inteiras, torturas e toda sorte de crueldades praticadas contra indígenas no país – principalmente por latifundiários e funcionários do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI) –, ressurge quase intacto. Supostamente eliminado em um incêndio no Ministério da Agricultura, ele foi encontrado recentemente no Museu do Índio, no Rio, com mais de 7 mil páginas preservadas e contendo 29 dos 30 tomos originais.
    Em uma das inúmeras passagens brutais do texto, a que o Estado de Minas teve acesso e publica na data em que se comemora o Dia do Índio, um instrumento de tortura apontado como o mais comum nos postos do SPI à época, chamado “tronco”, é descrito da seguinte maneira: “Consistia na trituração dos tornozelos das vítimas, colocadas entre duas estacas enterradas juntas em um ângulo agudo. As extremidades, ligadas por roldanas, eram aproximadas lenta e continuamente”.
    Entre denúncias de caçadas humanas promovidas com metralhadoras e dinamites atiradas de aviões, inoculações propositais de varíola em povoados isolados e doações de açúcar misturado a estricnina, o texto redigido pelo então procurador Jader de Figueiredo Correia ressuscita incontáveis fantasmas e pode se tornar agora um trunfo para a Comissão da Verdade, que apura violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988.
    A investigação, feita em 1967, em plena ditadura, a pedido do então ministro do Interior, Albuquerque Lima, tendo como base comissões parlamentares de inquérito de 1962 e 1963 e denúncias posteriores de deputados, foi o resultado de uma expedição que percorreu mais de 16 mil quilômetros, entrevistou dezenas de agentes do SPI e visitou mais de 130 postos indígenas. Jader de Figueiredo e sua equipe constataram diversos crimes, propuseram a investigação de muitos mais que lhes foram relatados pelos índios, se chocaram com a crueldade e bestialidade de agentes públicos. Ao final, no entanto, o Brasil foi privado da possibilidade de fazer justiça nos anos seguintes. Albuquerque Lima chegou a recomendar a demissão de 33 pessoas do SPI e a suspensão de 17, mas, posteriormente, muitas delas foram inocentadas pela Justiça.
    Os únicos registros do relatório disponíveis até hoje eram os presentes em reportagens publicadas na época de sua conclusão, quando houve uma entrevista coletiva no Ministério do Interior, em março de 1968, para detalhar o que havia sido constatado por Jader e sua equipe. A entrevista teve repercussão internacional, merecendo publicação inclusive em jornais como o New York Times. No entanto, tempos depois da entrevista, o que ocorreu não foi a continuação das investigações, mas a exoneração de funcionários que haviam participado do trabalho. Quem não foi demitido foi trocado de função, numa tentativa de esconder o acontecido. Em 13 de dezembro do mesmo ano o governo militar baixou o Ato Institucional nº 5, restringindo liberdades civis e tornando o regime autoritário mais rígido.
    O vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e coordenador do Projeto Armazém Memória, Marcelo Zelic, foi quem descobriu o conteúdo do documento até então guardado entre 50 caixas de papelada no Rio de Janeiro. Ele afirma que o Relatório Figueiredo já havia se tornado motivo de preocupação para setores que possivelmente estão envolvidos nas denúncias da época antes de ser achado. “Já tem gente que está tentando desqualificar o relatório, acho que por um forte medo de ele aparecer, as pessoas estão criticando o documento sem ter lido”, acusa.
    Suplícios
    O contexto desenvolvimentista da época e o ímpeto por um Brasil moderno encontravam entraves nas aldeias. O documento relata que índios eram tratados como animais e sem a menor compaixão. “É espantoso que existe na estrutura administrativa do país repartição que haja descido a tão baixos padrões de decência. E que haja funcionários públicos cuja bestialidade tenha atingido tais requintes de perversidade. Venderam-se crianças indefesas para servir aos instintos de indivíduos desumanos. Torturas contra crianças e adultos em monstruosos e lentos suplícios”, lamentava Figueiredo. Em outro trecho contundente, o relatório cita chacinas no Maranhão, em que “fazendeiros liquidaram toda uma nação”. Uma CPI chegou a ser instaurada em 1968, mas o país jamais julgou os algozes que ceifaram tribos inteiras e culturas milenares.
    Do Estado de Minas

    Mutirão para vacinação contra a gripe será neste sábado em todo o Paraná



    Unidades de saúde de todo o Paraná estarão abertas neste sábado, para o dia D de Vacinação contra a Gripe, o mutirão nacional para imunizar os grupos mais sensíveis ou expostos à doença. Em alguns municípios, a vacina também estará disponível em postos volantes montados em parques, shoppings e supermercados. O horário de funcionamento das unidades varia em cada cidade, mas a maioria estará aberta das oito horas às cinco da tarde. O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, vai acompanhar a atividade em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

    Três rodovias estaduais podem ser duplicadas com Parcerias Público-Privadas




    O Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Paraná, formado pelos secretários do Planejamento, Fazenda, Casa Civil, Administração, Infraestrutura e Logística e pela Procuradoria Geral do Estado, autorizou que empresas interessadas em obras de infraestrutura realizem estudos de viabilidade para a duplicação das rodovias PR-323, PR-445 e PR-092. O grupo se reuniu ontem e avaliou positivamente as manifestações de empresas que querem investir no Paraná, por meio de Parcerias Público-Privadas. O comitê também aprovou um projeto para a ampliação da rede de distribuição da Compagas, a Companhia de Gás do Paraná. 

    Brasil terá um computador por habitante em 2016



    Até 2016, o Brasil deverá contar com 200 milhões de computadores, ou seja, um equipamento por habitante, revela pesquisa da FGV. A média seria alcançada em 2017, porém, o crescimento da venda de tablets acelera o processo. O País conta hoje com 118 milhões de computadores em uso (corporativos ou domésticos) – três equipamentos para cada cinco habitantes. O número dobrou em quatro anos e continuará crescendo em ritmo acelerado.