sábado, 4 de fevereiro de 2012

Guarda Municipal detém assaltante no Centro de Curitiba


Operação Abafa


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Um roubo à mão armada na tarde de ontem (3), no Centro de Curitiba, acabou com a detenção do assaltante por homens da Guarda Municipal. Os guardas participam do segundo dia da Operação Abafa, na Regional Matriz.
“A ação confirma o sucesso da operação, que fechamos hoje com chave de ouro”, diz o secretário municipal da Defesa Social, Nazir Chain. A operação teve início em dezembro e passou por todas as regionais da cidade.
O assalto foi no início da tarde, em uma farmácia na Praça Osório. Uma mulher com uma criança no colo teve a sua bolsa com todos os pertences roubada por um homem que portava uma faca. Rapidamente, ela pediu ajuda aos guardas que estavam na praça e rapidamente iniciaram uma busca na região. O assaltante foi detido pouco depois, na Praça Rui Barbosa. Após ser reconhecido pela vítima, ele foi encaminhado ao 1º Distrito Policial, onde está detido.
Apenas nesta quinta-feira, 80 pessoas foram abordadas por tráfico, uso de drogas e com mandado de prisão em aberto. Um homem com surto psicótico foi detido na Praça Eufrásio Correia. Usuário de drogas, ele tinha alvará judicial para internamento e foi encaminhado ao Centro Municipal de Urgências Médicas do Sítio Cercado.
Operação Abafa - Participam da Operação Abafa na Regional Matriz 70 homens da Guarda Municipal, 24 viaturas e dez unidades móveis. A operação reforça a segurança do Centro da cidade.
“O objetivo principal é inibir a ação de criminosos e transmitir confiança e segurança aos comerciantes e à população, trazendo mais tranqüilidade”, afirmou o secretário da Defesa Social.
Chain explicou que as 116 câmeras instaladas na cidade, das quais 43 estão no anel central, permitem o vídeo-monitoramento constante por uma central de inteligência, o que aponta em tempo real os pontos mais vulneráveis, numa ação conjunta com a PM.
“Assim que as câmeras localizam atitudes suspeitas, a informação é imediatamente repassa às equipes táticas, que se dirigem aos locais apontados”, explica o secretário.
O secretário enfatizou também a importância da participação e apoio da população para garantir o sucesso das ações. “Pelo fone 153, recebemos denúncias 24 horas por dia e isso nos ajuda muito a monitorar a cidade”, afirmou Chain.
Após a passagem da Operação Abafa, a Guarda mantém viaturas e homens nos locais destacados. “A partir do dia 22 de fevereiro, terá início uma nova operação nas regionais, que reforçará a segurança durante uma semana consecutiva em cada ponto”, antecipa o diretor da Guarda Municipal, Odgar Cardoso.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Beto Richa apresenta diagnóstico e ações para 2012 na Alep


O governador Beto Richa apresentou, ontem (2/2), durante abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa do Paraná, um diagnóstico da situação do Estado e uma projeção das ações para o ano de 2012. Ele reforçou a importância da independência e da cooperação com os poderes para a consolidação de uma administração democrática. 

“Neste ano, com as finanças organizadas estamos otimistas com as possibilidades concretas de avançarmos ainda mais, de forma mais vigorosa e permanente”, disse o governador. Na presença dos 54 deputados estaduais, Richa entregou ao presidente da Assembleia, Valdir Rossoni, o relatório de ações do governo estadual no ano de 2011. “Um documento que reflete uma visão transformadora da realidade paranaense”, afirmou.

O governador disse que 2011 foi um ano de austeridade e ajustes econômicos. “O ajuste das contas é um momento doloroso, em qualquer circunstância. Mas tínhamos consciência de que, sem equilíbrio fiscal, condenaríamos o Paraná a um estado de paralisia, ou até, o que seria mais grave, de atrofia”, afirmou. “O sacrifício valeu a pena”.
Richa ressaltou que o Estado agora vive um novo momento e destacou os investimentos que serão feitos pelo Estado em infraestrutura, segurança pública e saúde. Segundo ele, as prioridades do programa Paraná Seguro para este ano são a construção de 40 delegacias; implantação de 150 módulos policiais móveis; início das obras dos IMLs de Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa; aquisição de 1.500 viaturas com alta tecnologia embarcada; e a melhoria consistente no atendimento do 190.

Para recuperar o sistema logístico paranaense Richa citou investimentos de R$ 830 milhões para melhoria e conservação da malha viária estadual; R$ 72 milhões para contratação de patrulhas rodoviárias para adequação de estradas rurais; e R$ 1 bilhão que serão aplicados nos portos de Paranaguá e Antonina para o aprofundamento do cais, dragagem do Canal da Galheta e ampliação do corredor de exportações. “Todos sabem que seria impossível romper os gargalos de transporte e logística sem antes recompor a capacidade de investimento do Estado”, disse ele.

CICLO INDUSTRIAL - O governador afirmou que a melhoria da infraestrutura estadual é uma necessidade urgente e vai contribuir para ampliar a capacidade de atração de novos investimentos para o Paraná. “Para não travar o círculo virtuoso da industrialização e das cadeias produtivas em formação, destacadamente na agroindústria, o Estado precisa ampliar e modernizar a sua infraestrutura”, sustentou Richa.

Ao destacar o novo ciclo industrial paranaense, Richa lembrou que desde o lançamento do programa Paraná Competitivo, no ano passado, o Estado recebeu R$ 9 bilhões em investimentos produtivos. “Precisamos mobilizar todas as nossas energias na atração de capitais produtivos que geram empregos, renda e riqueza”, afirmou.
De acordo com o governador o esforço para inserir o Estado na agenda de investidores “foi recompensado muito além de nossas melhores expectativas”. “O Paraná Competitivo não é apenas um programa de incentivos fiscais. Ele está no centro de uma nova política industrial”, destacou o governador.

DIÁLOGO – No discurso, Richa reforçou a relação de respeito mantida com o Legislativo, com os demais poderes estaduais e com o governo federal. “O relacionamento que mantive com a Assembleia neste período inicial de governo reflete de forma emblemática os valores que imprimimos à nossa gestão: a austeridade, a transparência e, sobretudo, o diálogo, que reputo a marca maior de nossa administração”, disse.

Richa também lembrou a boa parceria com os municípios paranaenses. “Lançamos uma extensa ponte em direção aos municípios, através da qual firmamos com todos os prefeitos uma sólida parceria administrativa”, disse. Para Richa a boa sinergia já rende resultados “na forma de obras, convênios e programas”. “Graças a este relacionamento de respeito mútuo, que põe à parte as eventuais diferenças partidárias, será possível pavimentar um atalho rumo à gradual eliminação dos desequilíbrios regionais”, declarou.

O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni, agradeceu o apoio do governador e classificou as medidas administrativas que adotou como a marca do primeiro ano de gestão. Em 2011, foram devolvidos aos cofres do Estado cerca de R$ 90 milhões. “Temos a intenção de devolver nos próximos quatro anos cerca de R$ 300 milhões”, garantiu, citando que a Casa deve ser independente, dinâmica e moderna.

EDUCAÇÃO – Acompanhado do vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, o governador classificou a educação como a prioridade absoluta da sua gestão. Para ele, o Paraná só poderá crescer caso haja um grande investimento em uma educação forte e dinâmica.
Richa disse que no início de 2011 o governo dobrou os recursos para o transporte escolar municipal, passando de R$ 27 milhões para R$ 58 milhões. No meio do ano, foi lançado ainda um inédito pacote de obras em 500 escolas, no valor de R$ 126 milhões. Os recursos destinados à merenda escolar passaram de R$ 36 milhões, em 2010, para R$ 91 milhões no ano passado, um aumento de 148%.

Em 2011, o governo também iniciou a equiparação salarial dos professores da rede estadual, que tiveram reajustes salariais de quase 13%. Richa também comentou a recente contratação de 9.516 professores aprovados em concurso. “Estamos assegurando maior qualidade ao aprendizado em sala de aula para os alunos da rede estadual”, disse.
SAÚDE – Na área da saúde, o governo irá ampliar o orçamento em R$ 340 milhões, o que garante o cumprimento da Emenda 29, que determina a aplicação de pelo menos 12% das receitas correntes em saúde. O governador destacou a implantação do HospSus, programa que oferece suportes para cerca de 50 hospitais públicos e filantrópicos. “Colocamos em funcionamento hospitais que haviam sido inaugurados em 2010 sem equipamentos e sem nenhuma condição de atendimento ao público”, disse ele.

SEGURANÇA – De acordo com Richa, o grande desafio do governo para a gestão de 2012 é a redução progressivamente do número de homicídios e da criminalidade em no Estado. O governador garantiu a elevação dos investimentos em segurança pública, que terá orçamento dobrado até 2014 e pelo Fundo Especial de Segurança Pública.

“Havia municípios sem um único soldado, comarcas sem delegados de polícia e cadáveres se decompondo no IML. Esta era a realidade terrível que encontramos”, disse o governador, que garantiu dedicação para a reversão do quadro. O governo anunciou em 2011 a contratação gradual de dez mil policiais, sendo oito mil soldados para a PM e dois mil efetivos para a Polícia Civil, entre agentes, delegados e técnicos especialistas.

Richa citou estatísticas que apontam para uma redução em 2011 do índice de homicídios em 8% em Curitiba e em 5,8% na média estadual. “Mesmo com os escassos recursos do orçamento de 2011 conseguimos essa importante redução, que apontam para uma inversão na funesta curva das estatísticas do crime”, disse ele. Além desses investimentos, ele destacou a implantação da Defensoria Pública e a 6.348 vagas no sistema prisional do Estado.

OUTRAS ÁREAS - O governador também citou avanços em outros setores do governo. Na agricultura, o exemplo foi Agência de Defesa Agropecuária, um instrumento decisivo para abrir mercados internacionais à produção agropecuária. A intenção é tornar o Estado livre de aftosa sem vacinação até 2013.
A criação da Agência Paraná de Desenvolvimento também foi lembrada, pois terá um papel abrangente na definição do planejamento estratégico de desenvolvimento. “Estamos resgatando os compromissos que assumimos com o setor produtivo rural, de investir para o fortalecimento do setor”, disse o governador.

CERIMÔNIA - Após o discurso do governador, o presidente do Legislativo, deputado Valdir Rossoni, anunciou a primeira pauta dos trabalhos do Plenário. Os debates e votações de projetos de lei iniciam na sessão ordinária nesta segunda-feira (6/2), com início marcado para as 14h30.
A solenidade contou ainda com as presenças do desembargador Miguel Kfouri Neto, presidente do Tribunal de Justiça; do prefeito de Curitiba em exercício, Sabino Picolo; do procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto e outras autoridades do Estado

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Prefeito apresenta Mãe Curitibana em Genebra a convite da ONU


Modelo em Saúde


O prefeito Luciano Ducci apresenta nesta quinta-feira (2), em Genebra, Suíça, o Programa Mãe Curitibana, que integra o plano global da Organização das Nações Unidas de prevenção da mortalidade infantil e materna e eliminação da transmissão vertical do vírus HIV das mães para os bebês.
“O Mãe Curitibana é um programa de valorização da vida, que é o nosso bem maior. O reconhecimento do trabalho feito em Curitiba e a disseminação desta prática para outras fronteiras muito nos orgulha, porque se trata de um programa público de atenção ao ser humano e que é modelo para o primeiro mundo”, afirma o prefeito.
Luciano Ducci, que é o responsável pela criação e implantação do Mãe Curitibana, está na Suíça atendendo a convite do diretor do Departamento de Estratégias e Resultados da agência da ONU Unaids, Bernhard Schwartländer.
No evento irá apresentar o modelo curitibano de atenção a mães e bebês que foi escolhido como referência ao Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), na Reunião de Alto Nível da ONU sobre HIV/Aids realizada em junho de 2011.
Mãe Curitibana - O programa garante exames de pré-natal, parto seguro, atenção a mãe e ao bebê durante toda a gravidez até 40 dias após o nascimento. Passado esse tempo, a mulher recebe alta e a criança é automaticamente vinculada ao Programa do Lactente.
A cada ano, 17 mil mulheres são vinculadas ao programa, que oferece mais de quinze tipos de exames complementares, visita ao dentista e oficinas de gestantes com a participação dos pais dos bebês.
Além da atenção e cuidados com o filho que vai chegar, elas também são orientadas sobre planejamento familiar. O objetivo é prevenir uma nova gestação inesperada. Os métodos contraceptivos, adequados à condição de saúde de cada mulher ou homem, são oferecidos gratuitamente nas próprias unidades de saúde.
A integração entre os diferentes níveis de serviços - unidades de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios - continua após o parto. Antes da alta, todas as mães e seus bebês têm sua primeira visita à unidade de saúde marcada pelo próprio hospital ou maternidade, que tem acesso online às agendas das unidades de saúde onde a dupla está cadastrada.
Desde a criação, em março de 1999, 200 mil mulheres e seus bebês foram acompanhados pelo programa. Cerca de 85% das gestantes vinculam-se até o 4º mês de gestação e apenas 13% são diagnosticadas como de médio ou alto risco. Quase 70% dos partos – que representam cerca de 60% das gestantes da cidade - são normais.
O programa contribui, de forma significativa, na redução da mortalidade infantil e materna. De 1998 para 2009 a mortalidade infantil caiu de 16,64 por 1000 nascidos vivos para 8,97 / 1000.
A redução da mortalidade materna também merece destaque. De 60,5 por 100 mil nascidos vivos entre 1994 a 1999 e de 43,9 por 100 mil entre 2000 e 2005, o indicador desceu para 38,6 por 100 mil nos últimos 5 anos.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Luciano Ducci defende criação da Organização Mundial do Meio Ambiente


Em Paris

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O prefeito Luciano Ducci defendeu ontem, 31, em Paris, a criação da Organização Mundial do Meio Ambiente nos moldes de organizações como a OMS (Organização Mundial da Saúde), OMC (Organização Mundial do Comércio) e OIT (Organização Internacional do Trabalho).
"Todas as conferências, discussões e órgãos do meio ambiente em escala global devem ser reunidos numa única organização vinculada a ONU", disse Ducci na Conferência Rumo a uma Governança Mundial do Meio Ambiente, promovida pelos ministérios de Relações Exteriores e da Ecologia da França.
A proposta de Curitiba vai fazer parte da "Carta de Paris" que será redigida ao final do encontro do governo francês preparatório à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. A Rio+20 será realizada no Brasil no mês de junho. "Curitiba é a única cidade brasileira que está participando deste encontro preparatório porque é referência internacional em meio ambiente e sustentabilidade", disse o prefeito.
"O desafio de ser sustentável é o que tem nos mantido, em Curitiba, na busca incessante por soluções inovadoras, criativas, financeiramente viáveis e, essencialmente, que envolvam a população", destacou Ducci ao apontar como exemplos para o mundo o sistema do transporte coletivo, o uso do biocombustível na frota dos Ligeirões e a separação de lixo.
Ducci participou de um painel de debates que reuniu Dov Zerah, diretor-geral da Agência Francesa de Desenvolvimento; Jacques Pelissaro, presidente da Associação de Prefeitos da França; Yves Leterme, ex-primeiro ministro da Bélgica e atual secretário-geral adjunto da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); e Ronan Dantec, senador francês e porta-voz das cidades e governos locais unidos.
Cidades - A criação da organização ambiental, segundo Ducci, deve contar com a participação e assento não apenas dos governos nacionais, mas também das cidades, do terceiro setor e da iniciativa privada.
"Todos os segmentos envolvidos devem participar e ter assento na organização. As cidades, por exemplo, estão cada vez mais cientes da necessidade de encontrar soluções integradas para superar os desafios milênio, envolvendo os demais níveis de governo e outros atores", defendeu.
"Por sua natureza prática e proativa, os governos municipais trabalham com parcerias, envolvem o setor privado e as entidades do terceiro setor", completou.
Ducci disse que Curitiba tem, historicamente, não apenas demonstrado que entende a importância da participação das cidades na governança global, "como tem também defendido esta participação". "Os governos nacionais e os organismos internacionais não podem mais ignorar o poder e o papel das autoridades locais nesse processo.
Recursos - "É fato que tudo acontece nas cidades. É nas cidades que são estabelecidos os padrões de consumo, onde surgem as demandas econômicas e também por habitação, saneamento, transporte coletivo e, por consequência, onde são gerados os resíduos", disse.
O prefeito disse que o mundo testemunha, hoje em dia, de um lado, a crescente descentralização e, de outro, a maior complexidade na gestão dos recursos naturais. "Por isso, é primordial que as administrações municipais adotem políticas públicas voltadas à sustentabilidade e que os organismos internacionais tenham a participação das cidades nas decisões que serão tomadas e colocadas em ação", disse Ducci.
"Eu acredito que é nas cidades que revelamos o nosso poder inovador. Eu creio na solidariedade e na cooperação, que traduzem o verdadeiro sentido do ‘humano’ e a contínua mobilização do coletivo para a consolidação de um ambiente de qualidade para todos", completou.

Leia a seguir a íntegra do pronunciamento do prefeito no encontro em Paris
Primeiramente, eu agradeço aos organizadores deste encontro, às autoridades da França, especialmente dos Ministérios da Ecologia e das Relações Exteriores, por esta oportunidade.
O que testemunhamos, hoje em dia, é, de um lado, a crescente descentralização e, de outro, a maior complexidade na gestão dos recursos naturais.
Os governos nacionais e os organismos internacionais não podem mais ignorar o poder e o papel das autoridades locais nesse processo. A França - como berço da democracia e do pensamento humanista - tem liderado propostas inovadoras neste sentido.
É fato que tudo acontece nas cidades. É nas cidades que são estabelecidos os padrões de consumo, onde surgem as demandas econômicas e também por habitação, saneamento, transporte coletivo e, por consequência, onde são gerados os resíduos.
Por isso, é primordial que as administrações municipais adotem políticas públicas voltadas à sustentabilidade.
O desafio de ser sustentável é o que tem nos mantido, em Curitiba, na busca incessante por soluções inovadoras, criativas, financeiramente viáveis e, essencialmente, que envolvam a nossa população.
Nas últimas décadas de administração coerente focada na sustentabilidade, Curitiba percebeu que a natureza constitui a base dos sistemas produtivos necessários para garantir qualidade de vida, os empregos e as oportunidades de negócios para todos que nela vivem.
Mas não é só. O planejamento urbano e a administração das cidades têm que considerar os impactos positivos e negativos nos ecossistemas em seu entorno, e mesmo naqueles mais distantes.
As cidades estão cada vez mais cientes da necessidade de encontrar soluções integradas para superar os desafios dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, envolvendo os demais níveis de governo e outros atores. Por sua natureza prática e proativa, os governos municipais trabalham com parcerias, envolvem o setor privado e Organizações Não Governamentais.
Durante a Eco 92, a Agenda 21 lembrou o papel essencial das autoridades locais como "major groups".
A partir de 2006, quando Curitiba teve a honra de sediar a 8ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, a COP 8, a cidade se lançou como líder da iniciativa "Cidades e Biodiversidade", juntamente com agências internacionais, como UN-HABITAT, UNESCO, UNEP E IUCN, e redes como a ICLEI. E tudo isso em conjunto, ainda, com as cidades de Montreal, Bonn e Nagoya. Em 2007, esta ação culminou com a instituição da parceria global sobre cidades e biodiversidade.
Curitiba tem, historicamente, não apenas demonstrado que entende a importância da participação das cidades na governança global, como tem também defendido esta participação.
Dando continuidade a este processo, hoje, aqui em Paris, eu não poderia perder a oportunidade de propor mais um importante avanço nesse sentido. Eu lanço aqui às senhoras e aos senhores a ideia da criação de novos mecanismos que garantam, enfim, a participação legítima das cidades na governança global.
As agências da ONU, notadamente a UN-HABITAT e a UNESCO, poderiam, a exemplo do que já se discute na IUCN e do que ocorre hoje na CBD, convidar a uma maior participação os governos locais e seus representantes em seus rumos estratégicos. Por que não pensar em uma estrutura organizada de forma semelhante à Organização Internacional do Trabalho, constituída a partir de uma plataforma tripartite, em que todos os atores envolvidos têm poder de decisão?
Eu acredito que é nas cidades que revelamos o nosso poder inovador. Eu creio na solidariedade e na cooperação, que traduzem o verdadeiro sentido do "humano" e a contínua mobilização do coletivo para a consolidação de um ambiente de qualidade para todos.
Semanas atrás, terminamos um trabalho de mapeamento da área verde de toda a nossa cidade. Queríamos avaliar o estado geral do nosso avanço depois da adoção de políticas públicas de preservação e sustentabilidade.
Este estudo nos mostrou que, apesar do aumento da nossa população e da crescente ocupação urbana, temos conseguido não apenas manter a nossa área verde como também ampliá-la. Hoje, cada cidadão que vive em Curitiba tem direito a 64,5 metros quadrados de área verde.
No Brasil, dizemos que o verde é a cor da esperança. Em Curitiba, é também a cor da perseverança. Nós acreditamos na nossa capacidade permanente de mudar o nosso mundo imediato. E temos certeza de que cada cidade pode fazer o mesmo. Afinal, juntos, podemos mais.
Muito obrigado!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Luciano Ducci: Curitiba já vive em pleno emprego


Desenvolvimento


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O prefeito Luciano Ducci destacou que Curitiba atingiu o status do “pleno emprego” revelado pelos dados apurados pelo Ipardes/IBGE e divulgados nesta sexta-feira, 27. “A taxa de desemprego está na casa dos de 3% na grande Curitiba. A média de 2011 ficou em 3,7%. Historicamente, Curitiba tem a taxa 0,5% menor do que região metropolitana. Há um ano, então, vivemos um momento de pleno emprego”, disse Ducci após transmitir o cargo de prefeito ao vereador Sabino Picolo.
Na economia, o pleno emprego é considerado quando a taxa de desemprego é inferior a 4%. Essa taxa no ano passado em Curitiba ficou na média de 3,2% e hoje está na casa dos 2,5%. “Curitiba é uma cidade de referência, de vanguarda em vários setores, e que tem um olhar muito especial à população mais pobre e mais carente”, disse Ducci.
O prefeito se refere ao estudo da Fundação Getúlio Vargas que aponta que Curitiba reduziu em 65% a pobreza entre 2003 e 2009, enquanto a média nacional no período ficou em 45%. “Curitiba reduziu a pobreza em mais de 60% no período de seis anos. A cidade fez mais de 25 anos em cinco”, disse.
O mesmo estudo da FGV, com base na Pnad/IBGE, aponta que 650 mil curitibanos subiram de classe social entre 2003 e 2009. “A redução da desigualdade e o célere caminho na erradicação da pobreza em Curitiba são resultados da consolidação de dois pilares de uma sociedade sustentável: o crescimento econômico aliado ao forte investimento na base da pirâmide social”, disse Ducci.
 
Renda - Dois outros dados reforçam a tese de Ducci. Curitiba fechou 2011 com 721.499 trabalhadores com carteira assinada e 34.259 novos empregos gerados. Os dados do Ministério do Trabalho foram divulgados nesta terça-feira, 24. Em 2011, Curitiba teve um aumento do estoque de empregos de 4,5% comparado a 2010, enquanto que no Paraná foram criadas 123.916 vagas (5,2% de aumento) e na região metropolitana, foram criadas 50.714 vagas (5,1% de aumento).
Ainda em 2011, a Jucepar (Junta Comercial do Paraná) aponta a abertura de 17.446 novas empresas em Curitiba. Em relação a 2010, o crescimento foi de 8%. No Paraná, foram criadas 56.325 novas empresas em 2011, o que inclui também a abertura de novas filiais. O crescimento do Paraná, em relação a 2010, ficou em 3,98%. A capital conta atualmente com 190 mil empresas.
Outro destaque, apontado pelo prefeito, é a média salarial de Curitiba, uma das maiores do país e a maior do Estado. Conforme dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o salário médio do trabalhador curitibano pulou de R$ 2.143,38 em 2010 para R$ 2.287,02 em 2011.
Ducci adianta que Curitiba vai continuar avançando na geração de emprego. Neste ano, as ações da prefeitura na área se voltarão à qualificação dos trabalhadores, especialmente dos jovens e das mulheres, e no apoio e fomento aos pequenos empreendedores. “Vamos continuar trabalhando para que Curitiba mantenha o pleno emprego e aumente a renda dos trabalhadores”, disse o prefeito

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Beto Richa: Orçamento do Estado começa a ser executado mais cedo este ano


Pela primeira vez nos últimos anos, o orçamento anual do Estado está pronto para execução já a partir de janeiro. O decreto que dispõe sobre a execução orçamentária foi assinado pelo governador Beto Richa nesta semana, antecipando em cerca de um mês a abertura do orçamento, que normalmente ocorria após o Carnaval. 
A antecipação permite às secretarias e outros órgãos do Estado contar desde já com suas dotações de recursos e dar andamento, por exemplo, a processos de licitação. “A agilidade na abertura do orçamento é mais uma forma de aumentar a produtividade da máquina pública”, afirma o secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi.
De acordo com ele, um dos fatores que permitiram a antecipação foi o bom entendimento com a Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa e com os deputados estaduais sobre a necessidade de compatibilizar as emendas com o plano de governo. Outro fator destacado pelo secretário foi o desenvolvimento, pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Assembleia, de um software que deu rapidez ao processo de apresentação e análise de emendas durante a tramitação da proposta orçamentária no legislativo estadual. “Tudo isso permitiu que o orçamento fosse aprovado sem maiores problemas e aberto mais cedo este ano.”
O orçamento total do Estado para 2012, incluindo recursos do Tesouro e de outras fontes, é de R$ 35,7 bilhões. Taniguchi diz que, seguindo a orientação do governador Beto Richa, tudo o que não faz parte do plano de governo foi retirado da programação orçamentária. “Pela primeira vez no Estado isso foi feito por um comitê gestor. Seguimos as diretrizes do plano de governo, respeitando as obrigações constitucionais, como as de destinar 30% da receita para a educação e 12% para a saúde”, disse.
Entre as novidades do orçamento de 2012 está a mudança do conceito de despesas com saúde: foram retiradas das despesas do Fundo Estadual da Saúde (Funsaúde) o Serviço de Assistência à Saúde do Servidor (SAS), o Hospital da Polícia Militar e o pagamento de pensões aos hansenianos.
Com isso, o governo estadual cumpre a Emenda Constitucional 29 – que obriga os estados a destinar 12% da receita para a saúde – e amplia significativamente o orçamento da área em R$ 340 milhões. O orçamento da Secretaria de Segurança, que girava em torno de R$ 1,5 bilhão ao ano, também foi reforçado, e chega a R$ 2,1 bilhões no atual exercício.
MENOS GASTOS – Taniguchi lembra que este é o primeiro orçamento elaborado pela atual gestão, após um ano dedicado a colocar em dia compromissos pendentes do governo anterior e a impor austeridade nos gastos públicos. O corte nas despesas de custeio, determinado pelo governador Beto Richa, resultou numa economia de R$ 76 milhões em 2011. “O Estado também conseguiu economia significativa em licitações, chegando a valores até 68% inferiores aos que eram pagos”, disse o secretário.
Segundo ele, a política de austeridade nos gastos será mantida. “Tudo o que for possível economizar será economizado”, disse. Como parte desse esforço, informou Taniguchi, o governo pretende adotar este ano a tecnologia VoIP (voz sobre IP) de comunicação, o que permitirá redução significativa nos gastos com telefonia. O secretário disse que o governo trabalha também para aprimorar cada vez mais os softwares, de forma a garantir maior agilidade e eficiência na elaboração e execução do orçamento do Estado.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Ippuc fará contagem de tráfego em 150 cruzamentos


Anel Viário

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O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) coordenará uma pesquisa de contagem de tráfego em 150 cruzamentos das ruas do Anel Viário Central. A pesquisa começa depois do Carnaval e servirá, principalmente, para subsidiar a programação dos semáforos. Outra parte do trabalho pesquisar a fluidez do trânsito no Anel Viário.

Além das melhorias viárias com novas calçadas e iluminação que já estão sendo feitas, o Anel Viário contará com modernos equipamentos de monitoramento de tráfego como semáforos inteligentes, câmeras e painéis com informações em tempo real sobre o trânsito da região. Esse aparato tecnológico será instalado ao redor do Centro da cidade para melhor fluidez do trânsito num raio de 25 quilômetros.

“A pesquisa serve justamente para fornecer dados que serão analisados e vão ajudar a compor o sincronismo dos semáforos nos cruzamentos do Anel Viário”, explica o diz o responsável pelo setor de Controle de Tráfego de Área do Ippuc, José Álvaro Twardoski. O sincronismo semafórico será feito através de softwares.

A rede semafórica do Anel Viário Central será feita com um sistema adaptativo, de auto-regulagem automática, de acordo com as condições de tráfego de cada momento nas vias onde ficarão os semáforos. Os semáforos adaptativos modificam os tempos (verde, vermelho e amarelo) de acordo com a informação de tráfego que detecta. Assim, é possível controlar todas as funções através de comandos enviados por uma central de controle.

A tecnologia reduzirá paradas deixando mais rápido o fluxo. No entanto, Twardoski alerta que haverá prioridade para os ônibus nos cruzamentos da canaleta do expresso com o Anel Viário. “Nos cruzamentos da canela com o Anel Viário os ônibus terão prioridade sobre o transporte individual”, diz.

A canaleta do expresso cruza o Anel Viário na avenida Sete de Setembro com as ruas Desembargador Motta e Brigadeiro Franco; Rua Fernando Moreira com a Martim Afonso e avenida João Gualberto com ruas Augusto Severo e Mauá.

As obras do Anel Viário são feitas pela Prefeitura de Curitiba em parceria com o governo estadual, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU). No total, serão investidos R$ 36 milhões. Estão previstos a revitalização de 25 quilômetros de ruas que formam um anel ao redor do centro de Curitiba. O objetivo é melhorar a mobilidade e a acessibilidade em toda a região central. Também será feita a adequação e sincronização dos semáforos para o trânsito fluir melhor.

Passando por oito bairros - Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde. “O Anel Viário será uma nova opção para que os motoristas desviarem do centro da cidade de forma rápida, deixando o tráfego dentro das vias centrais mais lentas e propícias aos pedestres e ciclistas, por exemplo”, explica Twardoski.