sexta-feira, 19 de março de 2010

Richa e Patrus Ananias inauguram restaurante com almoço a R$ 1 na Regional Bairro Novo



O prefeito Beto Richa, o vice Luciano Ducci, e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, inauguraram nesta quinta-feira (18) o Restaurante Popular do Sítio Cercado, na Regional Bairro Novo, que servirá almoço a R$ 1. O cardápio de estréia foi pernil ao molho de abacaxi, arroz, feijão, farofa de couve e banana de sobremesa.

"Os Restaurantes Populares são o exemplo da perfeita parceria que temos com o governo federal, e uma prova de que jamais as diferenças políticas podem se sobrepor ao interesse público", afirmou o prefeito Beto Richa.

O ministro Patrus Ananias também destacou o trabalho conjunto das duas esferas de governo, federal e municipal, especialmente na área social. "Presto uma homenagem ao prefeito Beto Richa porque, se estamos aqui hoje inaugurando esta obra, é graças aos bons projetos que a Prefeitura de Curitiba apresenta", disse Ananias.

O almoço foi servido ao prefeito, ao vice, ao ministro e a líderes comunitários da Regional Bairro Novo. A presidente da Fundação de Ação Social, Fernanda Richa, também participou da inauguração. "É mais um presente para a população no mês de aniversário da cidade", disse Luciano Ducci. Curitiba completa 317 anos no dia 29.

É o segundo Restaurante Popular da cidade, construído em parceria da Prefeitura de Curitiba com o governo federal. O primeiro funciona há dois anos na Rua da Cidadania Matriz, na Praça Rui Barbosa.

O investimento no restaurante foi de R$ 2,12 milhões, incluindo obra, terreno e equipamentos. A Prefeitura investiu R$ 885 mil (R$ 365 mil no terreno e mais R$ 520 mil na obra). O Ministério entrou com R$ 1,24 milhão (R$ 670 mil para a obra e R$ 570 mil para equipamentos, mobiliário, utensílios e materiais de consumo).

A Prefeitura ainda investirá R$ 515 mil por ano no restaurante, para o subsídio das refeições, cujo custo unitário é de R$ 3,06. A Prefeitura bancará R$ 2,06 de cada prato servido. O restaurante servirá mil refeições por dia.

O primeiro Restaurante Popular de Curitiba, na Praça Rui Barbosa, já serviu 1,2 milhão de refeições em dois anos de funcionamento. O Município está concluindo a construção de um restaurante na Regional CIC, que ficará pronto ainda neste semestre.

"Vamos construir restaurantes em todas as regionais" disse Richa, que na última sexta-feira (12) assinou ordem de serviço para a construção de Restaurante Popular na Regional Pinheirinho. O restaurante do Pinheirinho será bancado integralmente pela Prefeitura, com investimento de R$ 2,1 milhões para obra e equipamentos.

O Restaurante Popular do Sítio Cercado será aberto ao público em geral a partir desta sexta-feira (19). O cardápio terá peixe ao molho, respeitando a tradição de boa parte dos brasileiros católicos de não comer carne vermelha às sextas-feiras no período da Quaresma, entre o Carnaval e a Páscoa.

"Isso revela o cuidado e o carinho que temos pelo nosso público-alvo, o cidadão mais carente que precisa de refeições baratas e de qualidade. Por isso o cardápio é balanceado, nutritivo, mas também leva em conta o gosto e a cultura do brasileiro", disse o secretário municipal do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Os pratos principais não se repetem no mesmo mês, e tem uma oferta variada de pratos, como lasanha, polenta, picadinho, carnes ao molho, moqueca de peixe, entre outros. O menu tem sempre carnes, massa, saladas e uma fruta de sobremesa, além do tradicional arroz e feijão.

As aposentadas Maria da Luz de Paula e Iracema Limberger, ambas de 70 anos, da comunidade Coqueiros 2, almoçaram no novo restaurante aprovaram o cardápio e o preço. "Está uma delícia, vai ser minha única refeição completa de hoje. Com um real não pagaríamos nem o gás da cozinha pra fazer o almoço em casa", disse Maria da Luz.

Para a gestão dos Restaurantes Populares, a Prefeitura mantém convênio com a Ação Social do Paraná, uma organização sem fins econômicos que atua nas áreas de segurança alimentar e nutricional e assistência social. A equipe da Ação Social do Paraná prepara as refeições com produtos da agricultura familiar.

O padre José Aparecido, coordenador da Ação Social, contou que a maioria das compras é feita em pequenas propriedades da região metropolitana de Curitiba, em especial no Vale da Ribeira, gerando renda para produtores rurais carentes.

O impacto social das ações da Prefeitura de Curitiba também foi destacado pelo ministro Patrus Ananias. Ele destacou a parceria entre o Município e o governo federal na construção dos Centros de Referência Especializada da Assistência Social (Creas) e Centros de Referência da Ação Social (Cras). "São serviços que dão dignidade ao cidadão", afirmou. Curitiba tem 33 Cras, dos quais 21 construídos com recursos próprios da Prefeitura, e 10 Creas, nove deles também construídos com recursos municipais.

Participaram da solenidade no Bairro Novo representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Caixa Econômica Federal, das secretarias municipais e das administrações regionais de Curitiba.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Moradores agradecem por melhorias nos bairros



Moradores de diversas comunidades de Curitiba estiveram na Prefeitura nesta semana para agradecer pelas obras de infraestrutura e outros serviços que vem melhorando a qualidade de vida da população dos bairros mais necessitados da cidade.

O presidente da Associação dos Moradores do Parolin, Edson Pereira Rodrigues, disse que a comunidade do Parolin está muito feliz e sente-se privilegiada com a atenção que tem recebido da Prefeitura com as obras que estão acontecendo na região, como a urbanização, construção de moradias e relocação de famílias, creche e escola.

"Todas as coisas que temos conseguido acertar em Curitiba acontecem graças às parcerias que temos com a população, principalmente por meio das lideranças comunitárias, que são testemunhas da pronta atenção que temos para com as famílias mais carentes", disse o prefeito Beto Richa.

O encontro teve a participação dos presidentes das associações de moradores da Vila Leão, Givan Antonio Barbosa de Lima; do Bairro Alto e Atuba, Antônio Guedes; do Jardim Eucaliptos 1 e 5; Francisco de Carvalho; da Associação Movimento Pró Alto Boqueirão e Região, Valdir Marcelino Lopes; da Associação dos Moradores e Amigos do Campo Cerrado (Sítio Cercado), Francisco Ramos

quarta-feira, 17 de março de 2010

Papo Legal 2010 reúne 200 alunos para falar do risco das drogas

Mais de 200 alunos de 5ª à 8ª séries do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Curitiba participaram nesta terça-feira (16) da abertura do projeto Papo Legal de 2010. O projeto é desenvolvido pela Secretaria Antidrogas Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e Polícia Federal.

Como primeira atividade, os estudantes acompanharam uma palestra interativa, com recursos audiovisuais, no auditório da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida. Coordenaram os trabalhos os secretários municipais da Educação, Eleonora Bonato Fruet, e da Antidrogas, Fernando Francischini.

Na palestra, os alunos conheceram os riscos do uso de drogas, os efeitos das substâncias no organismo e a importância da prevenção.

"O projeto Papo Legal é mais uma ação da Prefeitura que busca garantir um futuro melhor para nossas crianças", afirmou a secretária Eleonora.

Para o secretário Fernando Francischini, o projeto Papo Legal auxilia na conscientização das crianças e faz com que elas sejam multiplicadoras de informações.

"Apenas investir na repressão não funciona mais. Por isso, estamos investindo na prevenção para evitar que milhares de crianças e jovens entrem no mundo das drogas. E desta forma, eles também nos ajudam ao repassar o que aprenderam para seus amigos e familiares", afirmou Francischini.

Para os alunos, a palestra serviu para dar um alerta sobre o perigo de experimentar drogas. "Muitas coisas eu não sabia (sobre drogas). Agora eu já sei que droga só faz mal. Não quero nunca experimentar", afirmou a estudante Caroline, de 12 anos.

Participaram da palestra estudantes das escolas municipais Albert Schweitzer, Prefeito Omar Sabbag, Papa João XXIII, Candido Portinari, Julia Amaral Di Lenna e Coronel Durival Britto e Silva. Até o fim deste ano, o objetivo é atingir mais de seis mil alunos da rede.

terça-feira, 16 de março de 2010

Convênios e diálogo intenso garantem integração na RMC

O diálogo entre Curitiba e os municípios da Região Metropolitana avançou muito desde 2005, permitindo a troca de experiências e a formação de parcerias, em benefício da população. "Em praticamente todas as áreas há convênios entre os municípios, que são importantes para atender a população com qualidade na integração dos serviços", diz o secretário de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, Michele Caputo Neto.

Os principais convênios são nas áreas de saúde, abastecimento, transporte, habitação, desenvolvimento e combate às drogas. Outra ação integrada é na destinação do lixo. O Aterro Sanitário da Caximba, em Curitiba, recebe o lixo da capital e de mais 16 cidades da Região Metropolitana.

Na área de abastecimento, o convênio é do programa Armazém da Família, criado pela Prefeitura de Curitiba para atender famílias de baixa renda. Nos Armazéns, são vendidos alimentos e produtos de limpeza com preço 30% menor que nos mercados comuns.

Os moradores de oito municípios da Região Metropolitana já são beneficiados pelo programa curitibano. A Prefeitura de Curitiba instalou neste ano uma loja em Fazenda Rio Grande, para que os moradores vizinhos não precisem se deslocar à capital.

Araucária, Mandirituba e São José dos Pinhais têm lojas mantidas pelas prefeituras locais e oferecem as mercadorias compradas pela Secretaria do Abastecimento de Curitiba.

A população de Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré e Quatro Barras faz as compras nos Armazéns de Curitiba. Dos 160 mil atendimentos feitos, em média, por mês nos Armazéns da Família da capital, 7% correspondem à população dos municípios vizinhos.

No transporte coletivo, a Rede Integrada atende 13 municípios: Curitiba, Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais, São José dos Pinhais, Araucária, Fazenda Rio Grande, Campo Magro, Campo Largo, Con tenda, Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Piraquara. São 388 linhas com integração na rede e com a mesma tarifa.

No combate às drogas, a parceria é da Secretaria Antidrogas de Curitiba, que trabalha em conjunto com Araucária, Agudos do Sul, Tunas, Colombo e Fazenda Rio Grande. Em breve, Campo Magro também terá convênio para atuar na rede de prevenção às drogas.

Saúde: Na área de saúde, a rede de Curitiba já tem 39% de seus usuários vindos de cidades da Região Metropolitana. E ainda neste ano entrará em funcionamento o Consórcio Intermunicipal de Saúde, com as cidades da Região Metropolitana de Curitiba e mais Piên, Rio Negro e Campo do Tenente.

"A rede de Curitiba já atende moradores da RMC e também pacientes de outras cidades do Paraná e de outros Estados", diz Michele Caputo.

Outra parceria é na área de Esporte, com a Corrida de Revezamento das Nascentes do Rio Iguaçu, que percorre 10 trechos em seis municípios da Região Metropolitana, além de Curitiba. Em agosto último houve a 5ª edição da prova, com atletas passando por Piraquara, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Colombo, Almirante Tamandaré, Campo Magro e Curitiba. Além de atravessar as nascentes e afluentes do Rio Iguaçu que cortam os municípios metropolitanos, os participantes da corrida também passaram por atrações turísticas rurais e ecológicas, entre campos, sítios, fazendas, casas históricas, igrejas e restaurantes.

Outro programa que será levado cidades da RMC é a Rede de Defesa e Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, uma proposta inédita no país. Os municípios vizinhos estão interessados no sistema de cadastramento e identificação de animais, por meio da aplicação de chips, usado pela Rede de Proteção Animal de Curitiba. A Rede tem mais de mil animais cadastrados. Dois municípios, Bocaiúva do Sul e Campo Largo, já estão em fase de assinatura de convênio com a Prefeitura de Curitiba.

As cidades também fazem cursos em parceria. Neste fim de semana, em Colombo, acontecerá a quinta edição do curso de formação de lideranças comunitárias.

Em setembro último, os prefeitos de Curitiba, Beto Richa, e de Araucária, Albanor José Ferreira Gomes (Zezé), lançaram para os araucarienses a parceria firmada com o programa Bom Negócio, oferecido gratuitamente pela Prefeitura de Curitiba, dirigido a empreendedores. Nesta fase do convênio, foi iniciada a capacitação de profissionais e desenvolvida uma parceria com a Faculdade Educacional de Araucária (Facear), parceria do meio acadêmico na execução do programa no município. O objetivo da Prefeitura de Araucária é capacitar 1.000 micro e pequenos empreendedores.

Em Curitiba, desde que foi lançado em abril de 2005, o Bom Negócio foi promovido em 60 bairros da cidade e formou mais de 7.800 empreendedores em 249 turmas. Os resultados alcançados pelo Bom Negócio fazem com que o programa sirva de exemplo para o Brasil e até para outros países.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Programa Família Curitibana atende 1.049 famílias em 18 áreas prioritárias

A vida de um grupo de 1.049 famílias que viviam em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social em áreas da periferia de Curitiba começou a mudar. Desde novembro, técnicos do programa Família Curitibana visitam as moradias e, em conjunto com os moradores, ajudam cada família a construir um projeto de vida, a partir das prioridades que cada grupo aponta para resolver seus problemas.

O foco do programa é atender famílias com renda por pessoa inferior a meio salário mínimo, com crianças entre zero e seis anos que estejam fora das creches, e que tenham idosos ou pessoas com deficiência física ou mental no domicílio, entre outros pontos.
"Nosso foco de partida é o fortalecimento da família. Para isso trabalhamos de forma intersetorial, garantindo que a família seja vista e atendida de forma única por todas as estruturas do município, na saúde, na educação, na habitação, na segurança alimentar e assim por diante", explica a presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa.

A estratégia básica do programa Família Curitibana é oferecer suporte para que cada família, ao reconhecer suas vulnerabilidades, aprenda o caminho para deixar de depender de programas sociais. O tempo de permanência no programa é limitado em dois anos. O processo é monitorado e os registros são acompanhados pelos órgãos envolvidos, no caso a FAS e outras 11 secretarias e órgãos da Prefeitura. Para viabilizar a promoção social, todos os órgãos atuam de forma intensiva e simultânea.

Atualmente são atendidas 1.049 famílias de 18 áreas prioritárias. Em geral são ocupações irregulares ou margens de rios, onde as condições de vida são muito difíceis: Moradias 23 de Agosto II; Moradias 23 de Agosto I; Campo Cerrado I; Pantanal; Parque Náutico; Savana; Lorena; Jardim Icaray; Autódromo; Terra Santa; Laguna; Dr. Ulisses Guimarães Independência II; Bela Vista da Ordem; Morro da Esperança; Alto Barigui; Olinda; Nova Barigui e Parolin.

Em 2010 a Prefeitura atenderá mais 1.500 famílias, incluindo grupos das regionais Matriz, Santa Felicidade e Boa Vista, que estão em estudo para validação de cadastros nas diferentes áreas em que o Município atua. A meta é chegar a 2012 com 7.000 famílias atendidas.

Para iniciar o programa, a Prefeitura identificou e mapeou as condições das famílias de cada área prioritária. Foi aplicado um Índice de Vulnerabilidade Social das Famílias (IVSF), que permite montar uma pontuação em um Cadastro Único, e assim identificar as famílias mais vulneráveis.

A partir disso, um técnico de referência passa a trabalhar como elo de ligação direto para o acesso da família selecionada aos diversos serviços públicos oferecidos pelo município e que a família tem direito. Entre eles estão: prioridade para vagas em creches e escolas municipais, com alternativas de contraturno escolar, atendimento na rede municipal de saúde, com consultas e exames, vacinação e outras necessidades e um subsídio mensal, para cada família, no valor de R$ 50.

São R$ 35 em créditos para fazer compras de alimentos e produtos de higiene nos Armazéns da Família da Prefeitura e outros R$ 15 em frutas, verduras e legumes de época, repassados quinzenalmente pela Prefeitura. A frequência da criança na creche ou escola e participação em cursos profissionalizantes é obrigatória.

Mas é a família quem vai determinar a prioridades, as soluções e que responsabilidades está disposta a assumir para alcançar sua emancipação. "A vaga na creche é importante, assim como ter um familiar com dependência química ou um idoso doente em casa, mas a sobrevivência no dia a dia exige esforço maior em busca de comida", conta a gerente do programa, a assistente social Maria de Lourdes San Roman.

"Por isso, quando o programa promove a segurança alimentar dessa família, eles conseguem começar a pensar e reconhecer os outros problemas e nós podemos ajudá-los a acessar seus direitos mais elementares e também fortalecer seus pontos positivos", explica ela.

VIDA NOVA NA VILA PANTANAL

Uma das famílias atendidas pelo programa Família Curitibana é a da diarista Maryhá Roberta de Lima Silva, de 22 anos. Ela vive com o marido, Rodrigo Falchette Bello dos Santos, 29, e duas filhas em uma casa de um cômodo, emprestada pela irmã de Maryhá, na Vila Pantanal, no Boqueirão.

As meninas, Kethlyn, 5 anos, e Phamela, 3, passam o dia na creche municipal Elias José. Mesmo que o dia de trabalho seja duro, Rodrigo e Maryhá nunca se atrasam para levar ou buscar as crianças. "É um compromisso sagrado. A escola só faz bem para elas. Quando estão lá, ficamos tranquilos", afirma Rodrigo que, assim como a mulher, estudou apenas até a 4ª série do ensino fundamental.

O casal recebe um subsídio alimentar do programa no valor de R$ 35,00 por mês para comprar alimentos e produtos de higiene e limpeza nos Armazéns Família da Prefeitura de Curitiba. A cada 15 dias, um caminhão da Secretaria Municipal do Abastecimento leva porções de frutas, verduras e legumes de época para as 158 famílias atendidas pelo Família Curitibana na Vila Pantanal e nas outras áreas atendidas. "Como somos profissionais autônomos, e não temos renda fixa, esse benefício é uma grande ajuda", diz Maryhá.

Os técnicos de referência da Prefeitura acompanham todo o processo, inclusive para garantir que as famílias vão buscar as sacolas de verduras. "Às vezes a família não tem a cultura de comer verdura e também não sabe como preparar e é preciso ensinar, mostrar o valor nutricional", explica a gerente do programa, a assistente social Maria de Lourdes San Roman. "Da mesma forma, é preciso fazer o acompanhamento para garantir que a criança vá para a escola", conta ela.

Mas para a diarista Marihá, não é somente o auxílio financeiro que conta pontos. A maior vantagem do programa Família Curitibana é poder ter a orientação dos assistentes sociais do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Alto Boqueirão para superar os momentos difíceis e melhorar de vida.

O acompanhamento das famílias por técnicos de referência é parte obrigatória do programa. Toda semana, Maryhá e Rodrigo recebem as assistentes sociais da FAS em casa, com uma jarra de suco e o coração aberto para acolher as orientações. Com esse apoio, Maryhá e Rodrigo colocaram a carteira de vacinação em dia e ela se inscreveu no programa Inserção Produtiva da Fundação de Ação Social. Na primeira parte do programa, Marihá participou de ações socioeducativas para conhecer suas características empreendedoras pessoais.

Agora, ela quer mais. "Vou continuar o curso neste ano. É um verdadeiro antidepressivo. Melhorou minha auto-estima. Aprendi a tomar decisões e vejo que sou capaz de fazer muitas coisas", diz ela. "Para mim, o Família Curitibana foi o empurrão que faltava para as coisas começarem a melhorar. Minhas filhas podem ter um futuro melhor e não quero que passem pelas dificuldades pelas quais passei", diz Maryhá esperançosa.

LEGISLAÇÃO

Os recursos do programa Família Curitibana estão previstos na Lei Orçamentária Anual 2009. Os recursos vêm do Fundo Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, criado pela lei nº 11832/06. São R$ 4 milhões. A aplicação dos R$ 4 milhões no Família Curitibana foi aprovada pelo Conselho Municipal do Fundo.