quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Força-tarefa criada por Richa já recuperou 61 quilômetros de ruas




A força-tarefa criada pelo prefeito Beto Richa para melhorar as ruas da cidade recuperou 61 quilômetros de asfalto destruídos pelas chuvas. De sábado (10) até o fim da tarde desta terça-feira (13), 250 homens, em 33 equipes, e 120 máquinas trabalharam nas ruas dos bairros. O trabalho foi interrompido no feriado, dia 12, por causa da chuva. "A meta é recuperar, em dois meses, 1.200 quilômetros da malha viária da cidade", diz Richa.

Nesta terça-feira (13), a força-tarefa começou o trabalho nas ruas por onde passam os ônibus do transporte coletivo. Um exemplo foi a rua Prefeito Omar Sabbag, que cruza os bairros Rebouças e o Jardim Botânico. Nesta rua, as equipes fizeram reparos usando o caminhão "3X1", que é compacto, mais rápido e serve para as vias com grande movimento.

A programação de recuperação prioriza as ruas por onde passa o transporte coletivo, de grande movimento de veículos e aquelas perto dos equipamentos públicos. As prioridades de cada bairro foram definidas pelas Administrações Regionais. "É um grande esforço para deixar as ruas em condições adequadas para o tráfego. Vamos torcer para que não chova durante a operação", diz o secretário municipal de Obras, Mário Tookuni.

Na operação, são usados 120 equipamentos, como caminhões, máquina espargidora de asfalto e rolos. Todas as equipes de tapa-buraco estão usando o asfalto das duas usinas de asfalto da Prefeitura, uma na Cidade Industrial e outra no Abranches. Esta medida reduz em 30% o custo da manutenção. Em média, cada uma das 33 equipes irá recuperar até 22 quilômetros de ruas por dia.

As equipes trabalharão durante a semana e aos sábados e domingos, das 8h às 17h. A rotina será repetida nos próximos dois meses, tempo estimado para recuperação das ruas danificadas.

Pavimentação - Desde janeiro de 2005, a Secretaria Municipal de Obras Públicas pavimentou 601 quilômetros, em 1720 ruas. A meta é chegar até o fim deste ano com 1.900 quilômetros de ruas. "Receberam novo asfalto 22% das ruas da cidade. Todo o trabalho foi de colocação de asfalto definitivo nas ruas de saibro ou de antipó", informa o secretário Mário Tookuni.

Em dezembro próximo, terá início o trabalho da máquina recicladora de asfalto. O equipamento vai triturar o antigo asfalto, misturando com cimento, para construir uma nova base mais resistente. Com isto, ruas de antipó, cuja vida útil é de dois a três anos, poderão ter ampliada a durabilidade para 10 anos.

Força-tarefa na recuperação de ruas
Meta: recuperar 1200 quilômetros de ruas atingidas pelas chuvas
Média diária prevista: 22 quilômetros
Média mensal prevista: 680 quilômetros
Média de massa asfáltica usada por dia: 1000 toneladas
Conclusão, caso não chova: 2 meses
33 equipes trabalhando
250 homens
120 equipamentos, como caminhões, máquina espargidora de asfalto e rolos
7 dias de operação durante 2 meses

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Prefeitura investe R$ 46,1 milhões nas vilas Audi, União e Icaraí, no Uberaba




As Vilas Audi, União, Icaraí e outras ocupações que formam um bolsão com 3,1 mil famílias no bairro do Uberaba estão recebendo R$ 46,1 milhões de investimentos do programa habitacional do município. É a maior concentração de recursos em uma única área de sub-habitação da cidade. "As intervenções visam mudar a configuração da área e dar mais qualidade de vida às famílias", afirma o prefeito Beto Richa.

O bolsão Audi e União é um aglomerado de áreas irregulares localizado entre o rio Iguaçu e a via férrea, que se estende desde a BR-277 até a avenida das Torres, numa extensão de 1,6 milhão de metros quadrados. A ocupação se formou numa antiga área de cavas, em local sujeito a inundações e, até recentemente, não contava com qualquer infraestrutura. Agora, o perfil do local está mudando em função das obras que a Prefeitura está executando para urbanizar o bolsão.

Do total de recursos investidos na área, a maior parte, R$ 24,1 milhões, vem do município. Os outros R$ 22 milhões são originários de contratos com o governo federal e incluem recursos do Ministério das Cidades (Programa de Aceleração do Crescimento e Orçamento Geral da União) e Caixa Econômica Federal.

O programa habitacional do município vem atuando de forma gradativa no bolsão, desde 2003. A intervenção se intensificou nos dois últimos anos e, de acordo com o presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, deverá ter continuidade nos próximos anos. "Trata-se de uma área extensa, populosa e complexa, que deve passar por uma completa transformação", diz ele.

Uma das melhorias já implantadas na área é um sistema de contenção de cheias, que inclui dois diques com 2,5 quilômetros de extensão, bombas para escoamento da água e um canal que acompanha o rio Iguaçu. Este sistema tem sido colocado à prova com as chuvas dos últimos meses, impedindo a formação de pontos de alagamentos nas Vilas Audi e União. A obra será complementada com uma rede de microdrenagem a ser implantada.

Além da construção dos diques e do canal, também foi executado um aterro para a construção de 419 casas destinadas ao reassentamento de famílias que estão em condição crítica na área. As unidades estão em obras e parte delas já foi ocupada pelos reassentados.

Para construir os diques e executar o aterro foram utilizados 453 mil metros cúbicos de terra, ou o equivalente a 37,5 mil caminhões basculantes. Se todos eles fossem carregados na mesma hora e colocados em fila, formariam uma linha com quase 380 quilômetros de extensão - ou o mesmo que a distância entre Curitiba e Londrina.

Os diques têm 12 metros de largura, 1,5 metro de altura e 2,5 quilômetros de extensão total (de uma ponta a outra da área), e possuem, numa das extremidades, um sistema de bombeamento para controlar o volume de água na área. O canal, entre o rio e os diques, tem a função de melhorar o escoamento da água das chuvas e será ligado à rede de microdrenagem a ser implantada.

Uma rua estruturante, paralela a um dos diques, foi implantada com dupla finalidade: organizar o sistema viário local e criar uma barreira física, isolando a faixa de preservação permanente do rio Iguaçu e impedindo uma nova ocupação indevida do local. Outra melhoria prevista no projeto de urbanização é a execução da rede de esgoto.

A atuação no local também inclui o Parque da Imigração Japonesa, projeto da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que será implantado numa área de 500 mil metros quadrados, paralela ao rio Iguaçu, entre a BR-277 e a avenida das Torres.